Saúde
Para aliviar a dor
Métodos que amenizam a dor durante a vacinação de bebês serão discutidos nesta terça-feira
A sensação de impotência ao ver um filho chorar durante as vacinas é comum entre pais e mães. Foi pensando nisso que nasceu o projeto Seja Doce com os Bebês, e nesta terça-feira (26) promove a terceira edição do Café Científico. A iniciativa ocorre a partir das 18h, na Bibliotheca Pública Pelotense, e é aberta para toda a comunidade.
Na oportunidade, estratégias que amenizam a dor durante a imunização, como por exemplo amamentação, contato pele a pele e uso de soluções adocicadas, serão tratadas pela professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenadora do projeto, Ana Cláudia Vieira. A docente explica que o método que consiste em amamentar o bebê durante todo o processo da vacina é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2015. "Cinco minutos antes da vacina o bebê já pode ir se alimentando e a diferença é notável", completou.
O contato pele a pele será outra técnica abordada no encontro. Cerca de 15 minutos antes da aplicação, o responsável põe o bebê em seu peito despido, e isso ajudará a reduzir a dor e o estresse do pequeno. "Essa técnica é muito positiva para bebês recém-nascidos e prematuros", frisa Ana Cláudia. Mesmo ainda não oferecidas pela rede pública, o uso das soluções adocicadas também será tema de debate do Café Científico. Poucas gotas de sacarose ou glicose são colocadas na boca do bebê, e essas são suficientes para deixar os recém-nascidos mais calmos.
O principal objetivo do encontro é reunir gestores, profissionais da saúde e pais para esclarecer dúvidas, principalmente as relacionadas ao movimento antivacina. Segundo a coordenadora, os que vão contra a imunização disseminam ideias e conceitos equivocados. "A vacina é uma das mais relevantes estratégias de saúde pública", afirma. Em Pelotas, o projeto já atua em três Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Bom Jesus, Simões Lopes e Puericultura. O grupo responsável pelo Seja Doce com os Bebês tem o desejo que todas as unidades possam oferecer as estratégias, mas, por enquanto, o projeto não possui nenhum tipo de financiamento.
Ana Cláudia acredita que com iniciativas como essas, que aproximam a ciência da comunidade, seja possível educar cada vez mais os pais e responsáveis. "Situações errôneas devem ser alertadas", diz. Outro ponto destacado pela docente, é que desde 2014 o Brasil está com baixa na taxa de cobertura vacinal e esse ano perdeu a certificação de erradicação do sarampo. "Isso significa um futuro doente", alerta.
O evento é gratuito e aberto ao público que tenha interesse. Não é necessária inscrição prévia.
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